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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

CONFISSÃO




Nessa hora de confissão
Meço o quanto voei...
com qual par de asas?
Carente,verto meu medo
em suores frios....
Não é um medo de perdas...
É de alguma hora não
acumular o que perder...
E ai irem levando
Qualquer parte minha que não valha
Revirarem meus segredos...
Apesar de eu ser essa existência
escandalosa ...
Até para deixar algo meu ir
embora...
que seja algo de valia...

E não achem que só vejo valia
nas coisas chamadas belas...
Quem sabe a lista completa do que é belo
ah! não me conte...
Não precisava viver até aqui para saber
Que o que é belo e caro hoje...
Amanhã...pode ser a primeira coisa descartável ...
já basta as coisas que não mudam
para enfraquecer nossa luta...
nessas horas de confissão
melhor mesmo é deixá-las
escritas em colunas dos viadutos...
Porque por ali passa todo tipo de doido....

Lupi Poeta

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