Da noite
eu sei mostrar todos os atalhos
para todos os sentidos e intuições....
Já procurei a lua...
Olho-a de lado...
Fingindo desconfiar de sua beleza
Como se nossa cumplicidade fosse tanta,
que ela entendesse meu charme para ela...
Mas ela entende...
Não riam....
tão fácil acreditar na conivência de tudo
Revisei minha solidão...
Está do mesmo tamanho...
Bobagem dizer que fujo dela...
Vigio o mundo por uma fresta
aberta de tanto eu vigiar outros olhos
tenho certeza deles...
olho...
e os vejo sempre...
lembra?
A conivência de tudo
do silêncio compulsório da noite...
que eu tomo posse ...
ela é minha...
Não riam...
Mas meu deslumbramento,
é por esses olhos que vigiam a noite
atrás de encontrar alguma coisa...
Mas o que é mesmo meu Deus?
Lupi Poeta
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