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domingo, 13 de fevereiro de 2011

POETA




A poesia me dá imunidades
Tudo que faço quer ser um delito
Quero ser denunciado, e não sou;
Quero sofrer penalidades, e não sofro.

Dou vida a cata-ventos,
asas a cavalo
e morte aos ateus...
Quero sensualizar a vida
pois eu inventei a moral
para rir da injustiça que sou
contra ela...

Hoje pendurei um pincel invisível
acima da cabeça dos humanos e balancei
Uns ele pintou com cores bonitas
outros nem tanto
Depois de gargalhar muito
descobri que as cores que antes eram feias
fizeram a harmonia...

E no fim do dia
quando tudo pareceu-me devidamente
extrematizado
chutei por baixo a base de tudo que criei
Amanhã devolverei a vida aos ateus.


Lupi Poeta

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