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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

SAUDADES




A noite agoniza...
Já mistura-se
com os tons do dia...
E da decisão pela angústia hoje errei...
Mas são as emoções que me escolhem...
Sobrou um corpo vencido...
Quando vou parar
de trocar o dia pela noite?
É que do dia já tiram tanto...
De dia roubo a sensibilidades dos outros...
E do amor que roubei de você
fiz cômodo estreito qualquer lugar que você não esteja...
hoje em tua falta tudo era tão estreito
que não mensurei por medo...

E fugi para noite...
Na noite
Consigo aproveitar
até o que se descarta

Vigio as fibras tensas... a vadiagem...
e as pretensões de não fugir da clandestinidade...

Dou outra poesia a toda melodia
Ruminei todas as saudades...
Salivei todas as minhas vontades...
E a noite não enxergo todos espaços que deveriam ter você...
E se não me curo ao menos vigio a ferida...

E agora ao amanhecer
não escuto mais o que a música diz...
Como não me livrei nem absorvi a saudade
tenho que esperar outras noites...
Toda minha sensibilidade é forjada
a luz da lua.

Lupi Poeta

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