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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

MARGINAL




Consigo perceber meu corpo
Ainda há vida em meus sonhos.

Estaria suportando a cumplicidade
da sobrevivência que tenho com o dia,
se não fosse essa posse involuntária
de sua silhueta,
que umedece minha retina

Hoje não sou o herói de outras noites
já que há tanta luz
Preciso fugir antes do pôr do sol
pois não sou do dia
e luto contra a saudade
que me esbofeteia

Não consigo o grito telepático
que lhe chame a atenção para
o que sou capaz
Leia-me onde quiser
Num tarô, ou mesmo num poema
infanto-juvenil,
onde desenho uma figura enigmática
que diga o marginal que sou.

Lupi Poeta

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