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domingo, 6 de fevereiro de 2011

NOTURNO



A espera acabou...
O vinho quase acabou...
E o que eu tinha para dizer
Não tem mais sentido...
Eu ensaiei frases feitas
Dores teatrais
E um olhar que não sei mais repetir...
Escutei as estrelas...
-Ah! Elas fazem barulho sim...
Elas cintilam sim...

Não é de amor meu poema...
Nem de solidão...
Muito menos de mim...
Ele é de ilusões...
Dessas que a noite não tem solução...
Tem rancor?
Tem algum
Melancolia?
Tem alguma
Alguma alegria?
Nenhuma que eu queria por a termo agora...

Tem alguém que me fez escrever assim?
Essa disputa desigual com Deus que eu persigo...
em descobrir algum segredo da noite...
Tem alguém que eu quero dividir esses segredos?
Ah!!!
Talvez tenha!!!
Mas não é para contar agora não...
Essa minha madrugada não é para falar de amor...
Essa madrugada é para afirmar...
Que as estrelas fazem barulho...

(Ah! essa modorra que eu sinto
Salva-me de buscar companhia que não seja a minha mesmo...)

Quem me deixou acordado?
essas bobagens que eu insisto em tentar descobrir a noite
e que a lua e as estrelas me contam desatentas...
que eu não sou protagonista de nada...

Lupi Poeta

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