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segunda-feira, 9 de julho de 2012

NOTURNO




Num ato tresloucado, “normal,”.
dos meus, deixei o dorso aberto
despreparado, à espera de algo esquecido
A espera de ser acordado
com um espalhar de pelos
que transformasse em soluços e espasmos
a falta desses reflexos que escondi em mim...
O suor desceu rosto a fora ansiedade
arderam meus olhos
com meu próprio sal
Eu menti para carne desejada
e ela mentiu para mim
cedeu algo dentro de mim
que eu ouvi o barulho
Eu pari um choro
que minha boca sentiu
o gosto do meu próprio sal
Sorvi do vinho amigo como veneno
Senti o gosto com meus fluidos
amanheceu o dia...
De dia nada me afeta
A carne desejada
não era mesmo desejada
a ambição era por sua alma
- Não se captura almas-

Luciano Lopes.

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