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quarta-feira, 28 de março de 2012

MARIA



Chamo-te durante a noite
Já não me escutas?
Provoco-me um prazer burocrático
Que roubo de Anas, de Saras,de Marias...
Arrisco-me a dizer que és de
ti, Maria, que sinto mais saudade...

Quando foi que passaste a subestimar
a minha alma livre?
Já não me escutas?
Tenho que subtrair da imortalidade
a morte dessa noite
e minha saudade exausta,
quase desertora...
Já que não me escutas mais...

Não há verdades em minhas
palavras de desatenção,
Por que verás, ao entrar em meus
espaços, que há vestígios teus por
todos os lados.

Luciano Lopes

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